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O Diário de Maya Blume

Capítulo Um: Desejos Sombrios Nota: A Quem lê este diário...                   “Desde o começo, eu sabia qual era caminho certo. Eu sabia também o que fazer e principalmente o que não fazer, pois conheço meu livre-arbítrio. Conto ainda mais, que nada neste diário foi culpa de outros, ou de alguma força alheia da vida. Mas sim por que eu escolhi algo que não fosse o amor . Não foi culpa de Enzo ou de Atlas. Eu somente amava aos dois indecisa e intensamente.” 1 Eu estava deitada na minha cama naquela gélida manhã, fria e alva de um velho inverno. Era meu primeiro dia de aula do ultimo ano e a neve caia lentamente forrando o jardim de branco, que era coberto de grama verde no verão. A preguiça estava em cada centímetro do meu corpo e minha morbidez para levantar naquela manhã para ir á escola estava máximo. Olhei para o lado e vi as horas no despertador, quarenta minutos para sete. Eu tinha que tomar banho, café, pegar meus materiais e andar quatro quarteirões até a e
"Eu vou deixar você ficar com seu mundo. Reconstruí-lo, modifica-lo e fazer dele sua morada pacífica. Mas depois, destruirei tudo o que você tem, pedaço a pedaço eu tragarei pro meu ser." -Crisis

Vida Estranha - parte 2

“Belo Horizonte, 26 de julho de 2000 Ao meu querido neto, Tiago Fiori. Para começar, se você está lendo insto eu morri, mas antes verifiquei ou descobri o que desconfiei desde seu estranho nascimento: Você é especial e infelizmente, não deve ser meu neto....” A carta continuava, mas não pude acreditar no que li. Não era possível nem admissível e o mínimo tangível que isto estivesse realmente acontecendo. Não que eu não quero que não aconteça e que não seja verdade, mas o fato vai alem disto. Sem querer me preocupar muito, continuei lendo o novamente até o restante da carta: “Belo Horizonte, 26 de julho de 2000 Ao meu querido neto, Tiago Fiori. Para começar, se você está lendo insto eu morri, mas antes verifiquei ou descobri o que desconfiei desde seu estranho nascimento: Você é especial e infelizmente, não deve ser meu neto, pois acredito que sua mãe nunca esteve grávida de você. O seu nascimento em si foi estranho, pois ela saiu do Brasil, grávida de três meses para pas

O Estranho Mundo de Jim Burthon - Primeiro Dia (parte 5)

V Os adultos reclamam da nossa insensatez, da nossa imaturidade e falta de compromisso. Mas nós não podemos falar que eles não possuem palavra, pontualidade e senso de humor. Vai de cada um ponderar nas atitudes e nos relacionamentos, mas dizer que eu vou ficar sem jogar vídeo game porque não quis o bife de fígado ou o jiló da janta, ou porque fui jogar uma pelada na rua e cheguei atrasado, é apenas uma mera desculpa para nos castigar. Eu não aceito isso. E também não aceito nenhum tipo de animal fofinho se achando melhor o que o Jimmy aqui. * Cogumelândia ficava para trás, e uma pequena torre de fumaça que tinha forte cheiro de sopa, subia agora do centro da cidade. Eu tinha pego a auto via e me direcionado para o que seria a próxima cidade: Solverte. A cidade de Solverte era branca a distância e continuou branca quando eu cheguei. Diziam, que não importava o quanto fizesse de calor, a cidade sempre nevara o dia inteiro. Mas eu não fui direto para a cidade, pois numa árvore-p

O Estranho Mundo de Jim Burthon - Primeiro Dia (parte 4)

 IV E estava eu preso, sendo nocauteado por milhões de coelhinhos fofinhos que deveriam fazer nossos ovos de páscoa, que deveriam ganhar das tartarugas nas corridas ou até mesmo ajudar o Papai Noel. Eu fui um bom garoto, mereço presente este ano. Mas meu sonho continuava. O maravilhês era o idioma de todos os moradores da Maravilhândia, e eu não tinha noção do que aquela trupe de coelhos bobões estavam falando enquanto tentavam me amarrar nas algemas-de-mascar. Eram algemas feitas de chiclete em tubos, e a cada uma que eles colocavam eu comia ela e as que estavam no pacote. Eu não sabia o que eles falavam e como eu não disse nada, eles também não sabiam que eu falava. Aí eu olhei ao meu redor e vi toda a Cogumelândia e pensei: será que um talco anti-fungos pulverizado no centro da cidade seria um atentado terrorista? Será que quando chove, eles usam a água para fazer suco? Quantas cenourarmas os coelhos-oficiais comem por dia? Estas e outras perguntas foram emanando n

O Estranho Mundo de Jim Burthon - Primeiro Dia (parte 3)

III Ser um garoto na idade de doze anos não é uma coisa muito fácil. Os adultos ficam enchendo o saco, dizendo que somos grandes, que devemos fazer o para-casa, devemos pensar no futuro, estudar etc.... Mas dizem ainda que somos pequenos, que não podemos e nem mandamos no nosso próprio nariz. Tolos e indoutos. Meu nariz mexe as beiradinhas quando eu quero. Ou quando eu estou rindo demais ou chorando. * A cada momento que eu ia correndo e chegando mais perto do grande centro de cogumelos, eles ficavam maiores e mais bonitos. Depois, reparei que as manchinhas vermelhas emanavam luz e que havia uma grande cerca ao redor deles. Eu estava longe ainda, e não tinha recebido que se tratavam de cogumelos gigantes. Era uma cidade comercial, chamada criativamente de Cogumelândia, a cidade dos negócios viajantes. Pelo visto, Cogumelândia era uma espécie de metrópole local. Cheia de asfaltos feitos de petróleo-caramelo e de luzes vermelhas dos próprios cogumelos gigantes, deveria parecer

O Estranho Mundo de Jim Burthon - Primeiro Dia (parte 2)

Reparei que eu estava com minhas roupas de ir para a escola, e logo como sou mal educado não me apresentei. “-Prazer, se é que posso dizer isso nesta situação. Meu nome é James Burthon, ou Jim simplesmente e tenho doze anos e estou na quinta série.” Minha mochila de escola não estava comigo, logo senti falta dos lanches que mamãe fizera, da toalha para enxugar o rosto, dos meus lápis e canetas coloridos, dos lanches extras que mamãe fizera, da minha bolinha de gominhas e dos meus chicletes. Lógico, meu estilingue deveria estar no meu bolso como eu me lembro de deixar. E ainda bem que ele estava, pois o presente do vovô me fazia falta e me era útil. Eu reparei que estava no declive de uma colina e que havia uma boa subida para o topo. Minha cabeça latejava, provavelmente eu escorregara e teria parado ao bate-la nesta pedra. Mas não me lembro deste lugar. Grama-de-céu, pedra-árvore e ao olhar para cima reparei um céu verde e uma forte fonte de luz branca como a neve. Ótimo, tenho